Professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná decidiram não retornar às aulas presenciais neste ano. A decisão foi aprovada em assembleia estadual on-line, ocorrida neste sábado, 12, para a qual mais de 2,7 mil servidores(as) fizeram cadastramento.
A categoria deliberou que iniciará greve em defesa da vida, caso o governo estadual institua volta às aulas nas escolas durante a pandemia de covid-19. Também foi aprovado um calendário de mobilização em defesa de direitos e de condições de trabalho.
Na avaliação dos educadores, enquanto a pandemia permanecer fora de controle, voltar às aulas seria uma irresponsabilidade com a vida dos profissionais da educação, estudantes e seus familiares. O desafio coletivo da sociedade, neste momento, deve ser o da preservação da vida.
“Voltar às aulas presenciais significa aglomerar pessoas em espaços que não estão adaptados para esse período de emergência em saúde pelo qual estamos passando”, pontua o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Não podemos expor diretamente 2,5 milhões de alunos(as) e educadores(as), das redes pública e privada do ensino básico e superior, ao novo coronavírus”, reflete.
Segundo o representante do sindicato, que abrange nove cidades da região, a categoria irá mobilizar-se por melhores condições de trabalho e contra ataques a direitos de servidores públicos. “Trabalhadores que precisarem ir às escolas não contam com protocolos e equipamentos adequados para sua proteção”, frisa.
“Não podemos expor 2,5 milhões de educadores(as) e alunos(as) ao coronavírus”, afirma Diego Valdez.
“Sem garantir a saúde dos educadores(as), o governador Ratino Junior retira nossos direitos, extinguindo cargos, demitindo professores(as) temporários em plena pandemia, sonegando reposição referente a períodos passados e arrebatando conquistas da carreira”, enumera Diego.